sexta-feira, 20 de setembro de 2013

O policial e o paradigma da farda


Olá meus caros

Nestes últimos meses me propus a pensar e refletir sobre alguns aspectos da profissão policial. Percebi que – como não poderia ser diferente – a visão que eu tinha do “policial” era muito diferente da que tenho hoje, pois, esta percepção externa tende a tornar o agente de polícia alguém intocável, insensível, poderoso e pouco gentil.

De fato, algumas destas características até fazem parte de algumas pessoas, independente da sua profissão, contudo, para o policial isto não é uma regra. Não posso deixar de afirmar que em nossa atuação, muitas vezes, precisaremos de uma dose elevada de seriedade e energia, porém, isto não quer dizer que todo policial age sempre desta forma em qualquer situação, seja profissional ou pessoal.

Vejo muitos sofrendo com a rotina, mas também vejo muitos sorrisos que são gerados – em muitos casos – por atos pouco tolerados no meio militar, mas que funcionam como válvula de escape para as pressões e responsabilidades da vida de polícia “aquartelada”.

Aqui tem artistas, cantores, músicos, lutadores, professores e também aqueles que transpiram felicidade, o que acaba nos contagiando nos dias mais difíceis. Então, quando olhar para um policial no exercício da sua função, pense que aquele homem ou mulher em nada difere de você, exceto pela farda que usa. E sendo assim, esta pessoa está sujeita às mesmas contradições sociais, intempéries da vida e ao erro, e que por isso, precisa ser ajudada para errar menos.


Antes de julgar o policial pense nos aspectos supracitados, pois, os bons policiais farão o mesmo quando te abordarem na rua ou em qualquer outra situação.

Grande abraço