terça-feira, 15 de julho de 2014

Traficante preso confessa morte de delegado e PM

O acusado teria usado a arma do delegado morto para assassinar o PM (foto:Divulgação/SSP-Ba)A pistola ponto 40, utilizada pelo traficante Roque Soares de Melo Filho, o "Galego", 30 anos, para assassinar o soldado PM Hamílton Gomes de Jesus, no dia 24 de maio, no bairro Tancredo Neves, fora roubada do delegado Eduardo Rafael de Santana Lima, 35, também assassinado pelo traficante e mais três comparsas, em novembro de 2012, no Barbalho.
Depois de prender o criminoso, na quinta-feira (10) passada, na Avenida Paralela, a polícia apreendeu a arma na residência da irmã de Galego, no Alto do Cabrito, no subúrbio ferroviário.
Equipes da Delegacia de Homicídios Múltiplos (DHM), da Rondesp/Central, da Operação Apolo, da 23ª Companhia Independente de Polícia Militar (Tancredo Neves) e do Batalhão de Polícia Rodoviária Estadual montaram diversas barreiras para capturar o bandido na Paralela, onde ele havia marcado um encontro com a companheira.
Conduzindo uma motocicleta Honda Bros, de cor preta, placa OUZ 4980, o traficante foi interceptado e encaminhado à DHM, no prédio do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na Pituba, segundo declarou o titular da DHM, delegado Odair Carneiro.
Galego chegou a apresentar um documento de identificação falso, com o nome de Uélton Melo da Silva, só revelando a verdadeira identidade, quando os policiais o reconhecerem como um dos autores do homicídio do soldado Hamilton. Foragido da Cadeia Pública de Ibicuí, confessou participação na morte do PM e também do delegado Eduardo Rafael, lotado na Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos (DRFRV).
Confronto
No interrogatório, também revelou os esconderijos de outros envolvidos nestes homicídios. Os policiais foram até a localidade de Jauá, em Camaçari, no Litoral Norte, havendo ali uma troca de tiros com um grupo de traficantes, onde morreu Juélton Reis dos Santos, o "Louko". No Alto do Cabrito, ocorreu novo confronto e um traficante conhecido como "Chinha" foi alvejado e também faleceu.
Na casa ocupada por Louko, foram encontrados um revólver calibre 38 (com numeração raspada) municiado, um tablete de cocaína, duas pedras grandes e 17 pequenas de crack, oito porções de maconha, 56 pinos de cocaína, uma balança, embalagens para acondicionar drogas e três celulares.
"Além de Galego, também Louko e Chinha tiveram participações confirmadas nas mortes do delegado Eduardo Rafael e do soldado Hamilton Rafael", assegurou o titular da DHM, acrescentando que um quarto participante do assassinato do delegado teria sido executado, ainda naquela ocasião, por traficantes da região onde ele residia.