Nas últimas semanas a região sul do estado tem vivenciado dias tensos. Desde o domingo (18), tropas da Força Nacional de Segurança chegaram à Buerarema, distante 18 km de Itabuna, na tentativa de controlar os conflitos envolvendo produtores rurais e índios tupinambás.
O pedido foi feito pelo governador Jaques Wagner, após quatro veículos oficiais serem incendiados por fazendeiros e populares que protestavam contra a ocupação de terras e atos de violência praticados pelos indígenas.
O impasse entre índios e agricultores é acentuado na região da Serra do Padeiro, localizado entre os municípios e Buerarema, Una e Ilhéus. A revolta dos produtores rurais veio devido ao ato de vandalismo, extrema violência e pela ocupação de terras por supostos índios tupinambás.
Na tarde de ontem, a Polícia Rodoviária Feral (PRF), realizou uma reunião com representantes civis e políticos da região onde ocorrem constantes conflitos, na tentativa de ouvir os manifestantes. O reunião ocorreu no auditório do posto da PRF em Itabuna.
Foram convidados para compor a mesa o Comandante de Policiamento da Polícia Militar da Região Sul (CPRSul), coronel Reis, o comandante do 15º Batalhão da PM, tenente coronel Lemos, o delegado chefe da Polícia Federal, Mário Vinícius Lima, o juiz da comarca de Buerarema, Alisson Camilo Floriano, a promotora d ejustiça de Buerarema Mayanna Ferreira Ribeiro, o Capitão Egídio das Forças Armadas, o delegado coordenador 6ª Coordenadoria de Polícia do Interior (Coorpin), Evy Paternostro, e um representante da Secretaria de Segurança Pública da Bahia,junto com alguns vereadores e Prefeitos destas cidades, produtores rurais, agricultores familiares e outros representantes do movimento.
"Nosso objetivo é trazer mais segurança, impedindo novas manifestações, em especial na área de conflito entre 'supostos índios Tupinambás' e os fazendeiros,devendo apresentar soluções que devem ser encaminhadas ao Sr. Governador do Estado da Bahia" inspetor chefe da PRF, Marcus Vinícius.
Indignados, produtores e trabalhadores rurais relataram os casos de violência cometidos por supostos índios. "Isso não são índios, são facções criminosas. Eles entraram na minha terra de três hectares apenas, roubaram tudo o que tinha, me espancaram e tiraram de mim meu único sustento. Eles estavam todos armados. É sempre assim, quando querem realizar alguma ocupação, eles contratam criminosos de cidades vizinhas e vão violentamente expulsar os trabalhadores rurais das suas terras", desabafou um agricultor que há três anos teve sua terra ocupada por índios tupinambás.
Fonte: Agora Online
