segunda-feira, 7 de outubro de 2013

DE QUEM É A CULPA? UM PESO, DUAS MEDIDAS!



A Rede Globo de televisão adora colocar (sem assunto) notícias envolvendo policias em seus programecos. Não concordo e não sou à favor da violência, da arbitrariedade, da tortura e da falta de humanidade na atividade policial.

Mas, lembremos, a ação delituosa é personalíssima, não é da corporação policial, vejamos, o Fantástico fez e apresentou uma reportagem que esmiuçou ponto a ponto da investigação da Polícia Civil do Rio de Janeiro, até aí tudo bem, mas o grave problema é não dar o retorno devido e a culpa (sentido lato) ao agente causador, generalizando e reprovando toda e qualquer ação das PM's.

Por outro lado, policiais são assassinados covardemente em serviço ou fora deles e nada é dito ou divulgado nos noticiários. Vivemos um clima de guerra urbana declarada entre as Polícias e o Crime Organizado.

Vários policiais são mortos nos país (registre-se: Mais até do que no México, país em constante conflito armado de guerrilhas). Um grave fato aconteceu quando um policial de folga foi curtir num baile funk e foi "descoberto", nada saiu ou foi divulgado com tanta veemência como no Caso Amarildo.

Qual o peso da vida? A do PM não vale? São treinados para morrer ou proteger? São valorizados por isso? O sentido Vida não existe para quem usa farda?

Queremos uma Polícia Cidadã em todos os seus desígnios (meu sonho), mas não devemos esquecer que as polícias são formadas por pessoas oriundas dessa mesma sociedade que exige tais mudanças.

O Dever acompanha o Direito, e isso não pode ser negado a nenhum ser humano, seja ele agente estatal ou protegido por este. Reitero, por ser serviço de extrema complexidade e essencialidade, a Segurança Pública não pode ter em seus quadros indivíduos marginais, assim também, a sociedade deve ser informada e sempre se indignar com atos perpetrados contra a vida daqueles que estão à qualquer custo prontos para proteger mesmo sem os meios necessários e colocando-se em constante risco de morte.

A Morte de um policial deve ser encarada pela sociedade e pelo Estado como crime hediondo, uma afronta aos poderes constituídos democraticamente. É assim em vários países desenvolvidos, mas aqui infelizmente, é observado com a mais pura normalidade (os concursos estão aí, entra-se mais e mais!).

"Um cão quando é constantemente açoitado pelo seu dono, nunca será dócil ou irá protegê-lo nos momentos de extrema necessidade". O serviço público policial é encarado por muitos jovens como subemprego e algo temporário, não se tem como objeto, propósito de vida o seguimento na carreira. O desmerecimento por parte do Estado é gritante, vai desde o achatamento salarial, formação curricular deficiente e arcaica, falta de plano de carreira, até o descontrole administrativo e vingativo por parte de alguns que ainda querem seguir o caminho da ilegalidade agindo por vingança ou por ordem superior para "atingir metas" em áreas de conflitos.

Não é necessário a omissão, basta agir em conformidade da estrita legalidade, isso deixará aquele (Estado) que tem o dever e o poder de mudar a situação constrangedora, desconfortante, mas se as polícias continuarem a gir como jagunços, isso bastará para que governantes cumpram o seu intento sem a devida responsabilização objetiva penal e isenção política perante o povo.

VAMOS PASSAR A BOLA!




Escrito Por: Neto

Policial Militar com Formação em Direito