
A acusação diz que a jovem foi esganada pela madrasta e depois jogada do sexto andar do edifício London, na zona norte de SP, pelo pai, Alexandre Nardoni. O crime aconteceu em 2008 quando a criança tinha cinco anos. Podval diz que o estudo, que foi divulgado hoje (8) pelo "O Estado de S.Paulo", desconstrói toda a acusação do caso que foi feita em torno da asfixia da menina.
Podval, que está nesta quinta-feira nos EUA, receberá o estudo completo nas próximas horas e diz que o mais "surpreendente" é que as marcas no pescoço de Isabella não foram feitas por mãos humanas. "Não dá para saber exatamente o que deixou aquela marca no pescoço. O laudo é inconclusivo nesse ponto, mas o que é certo é que não foi a mão de ninguém", relata o advogado.
O estudo foi feito nos últimos nove meses e utilizou moldes das mãos do casal. O resultado, diz Podval, já foi informado ao casal que está preso na cidade de Tremembé (147 km de São Paulo). Ele disse que desconhecia a reação dos dois ao saber da notícia. |
Com esse novo laudo, assinado pelo diretor do instituto, James K. Hahn, a defesa do casal planeja incluir as novas provas para pedir um habeas corpus ao casal. Se isso não for aceito, ele não descarta entrar com uma revisão criminal para apresentar o laudo.
Nardoni e Anna Carolina foram condenados pela morte da filha dele no dia 27 de março de 2010, após cinco dias de júri popular. O casal responde pelo crime de homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, sem condições de defesa da vítima e de modo cruel).
Alexandre recebeu pena de 31 anos, um mês e dez dias de prisão, e Anna Carolina de 26 anos e oito meses. O casal recorreu da decisão, mas a Justiça ainda analisa os recursos. A pena de Nardoni foi maior do que a da mulher porque a legislação prevê um acréscimo de pena quando o crime é cometido contra descendente. Apesar disso, a lei não permite mais de 30 anos de prisão.
Fonte: Folha de São Paulo
Fonte: Folha de São Paulo