quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Comandante volta atrás e diz que PM morta com a família não denunciou colegas


Após ter duvidado da linha de investigação da polícia no caso da família de PMs mortos, o comandante do 18º Batalhão da PM, Wagner Dimas, foi ouvido pela Corregedoria da PM e negou que a cabo Andreia Pesseghini, 36, tenha feito denúncias contra colegas da corporação antes de ser morta.

Ontem (7), em entrevista à rádio Bandeirantes, Dimas disse que a cabo havia denunciado policiais por envolvimento com roubo a caixas eletrônicos. Ele afirmou também que não estava "confiante" de que o filho de Andreia, Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13, tenha matado toda a família e depois se suicidado.



Em entrevista à rádio, o coronel disse que não descartava a possibilidade de as mortes terem relação com as denúncias e que foi aberta uma investigação para apurar o caso, mas que não chegou a nenhuma conclusão. Na entrevista, ele disse ainda que alguns policiais foram transferidos para o setor administrativo.

A declaração de Dimas gerou uma crise dentro da Secretaria de Estado da Segurança Pública já que a investigação do DHPP (departamento de homicídios) aponta o adolescente como o único suspeito de ter cometido o crime.

Após a grande repercussão com a declaração do comandante, ele negou que tenha feito qualquer tipo de investigação contra policiais no batalhão e que, por esse motivo, ninguém foi transferido. No seu depoimento, segundo a reportagem, ele afirmou que "se perdeu em suas argumentações para o repórter" da rádio. A Folha solicitou entrevista com Dimas ontem, mas não teve o pedido atendido.

Em nota divulgada ontem, o Comando da Policia Militar disse que "não houve qualquer denúncia registrada na Corregedoria da PM, ou no Batalhão, por meio da Cabo Andréia Pesseghini contra policiais militares. Foram consultados arquivos da Corregedoria, do Centro de Inteligência e do próprio Batalhão e nada foi identificado, portanto, será instaurado um procedimento para apurar as declarações".

O delegado do caso, Itagiba Franco, diz que ouvirá o comandante do 18º batalhão, onde Andreia trabalhava.

Fonte: Folha de São Paulo