sexta-feira, 16 de maio de 2014

IV FECIBA promove Mesa para discutir cinema e ditadura militar no Brasil

Em sua quarta edição, o FECIBA – Festival de Cinema Baiano, que acontecerá de 1º a 7 de junho, no Cine Santa Clara, em Ilhéus, escolheu como tema “A revolução vem do interior”. Para discutir o tópico e refletir sobre o poder de manifestação do cinema no contexto do Brasil ditatorial, o IV FECIBA incluiu em sua programação uma Mesa, que conta com convidados de renome na cinematografia nacional.

A Mesa, programada para acontecer em 7 de junho, das 10h30 às 12h, é aberta ao público e a entrada é gratuita, sem necessidade de inscrição prévia. Participarão do debate Henrique Dantas, Olney São Paulo Júnior, Lula Oliveira, Geraldo Moraes e terá mediação de Marcelo Lins. A proposta é abordar o tema central do IV FECIBA a partir do ponto de vista de que a revolução deve começar do íntimo de cada indivíduo, sendo uma resposta aos anseios de mudança da sociedade na qual está inserido. Além disso, serão apresentados, por meio de uma perspectiva histórica e cinematográfica, os caminhos percorridos pelos profissionais do cinema no período da ditadura militar no Brasil das décadas de 1960 e 1970.

Premiado roteirista, produtor e diretor, Henrique Dantas dirigiu o documentário “Sinais de Cinza, A Peleja de Olney contra o Dragão da Maldade” (2013), que, por meio de recortes da vida e obra do cineasta Olney São Paulo, aborda temas como ditadura militar e censura. Olney São Paulo Júnior, filho do cineasta Olney São Paulo, é músico, artista plástico, ator e historiador, além de grande interessado nos temas que permeiam a obra do pai, que foi preso e censurado pelo regime militar em 1969.

Lula Oliveira é jornalista, cineasta, sócio gestor da produtora baiana DocDoma Filmes, educador audiovisual e atual Representante Regional do Ministério da Cultura – Bahia e Sergipe, tendo sido produtor no longa-metragem “Trampolim do Forte” (2010). Já Geraldo Moraes é escritor, professor e cineasta ligado ao debate de temas relacionados à ditadura e ao cinema independente. Foi Secretário do Audiovisual e Secretário do Planejamento do Ministério da Cultura. O mediador convidado para conduzir as discussões, Marcelo Lins, é professor de História da Universidade Estadual de Santa Cruz e participa de Projetos de Pesquisa e Extensão ligados à cultura popular e à História de Movimentos Sociais e Organizações de Esquerda.