quarta-feira, 23 de abril de 2014

Câmara aprova reserva de 25 anos para policiais femininas

Policial Militar do Estado do Rio de Janeiro


A concessão da reserva remunerada para as policiais femininas aos 25 anos é uma consequência natural da aposentadoria de 30 anos para os homens policiais. Ora, se na iniciativa privada e em outras carreiras do funcionalismo público o tempo é de 35 anos para homens e 30 para mulheres (em decorrência de determinação Constitucional), fica óbvio que nos casos em que os homens se aposentam com 30 anos as mulheres também devem ter reduzido seu tempo de serviço antes da reserva. Confiram o teor da medida aprovada pela Câmara dos Deputados, que agora segue para sanção presidencial:
Aposentadoria aos 25 anos para os servidores policiais
É bom as policiais femininas que ainda não conquistaram tal benefício em seus estados (como acaba de ocorrer com a Bahia) ficarem atentas, pois há intenções do Governo Federal de barrar a medida, alegando impacto na previdência.
Câmara aprova aposentadoria especial para mulher policial

Luis Macedo/Câmara dos Deputados
O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira o Projeto de Lei Complementar 275/01, do Senado, que permite a aposentadoria voluntária da policial mulher com 25 anos de contribuição, desde que contem com, pelo menos, 15 anos de exercício de cargo de natureza estritamente policial. A matéria será enviada à sanção presidencial.
A regra atual é de aposentadoria voluntária aos 30 anos de contribuição e 20 anos de atividade estritamente policial, tanto para homens quanto para mulheres. Se o projeto for sancionado, essa regra permanecerá apenas para os homens.
A proposta, aprovada por 343 votos a 13 e 2 abstenções, introduz novas regras na Lei Complementar 51/85, que disciplina a aposentadoria do funcionário policial. O texto adapta os prazos para aposentadoria às alterações da Constituição Federal de 1988, que estabeleceu exigências diferenciadas para a aposentadoria de homens e mulheres.
Previdência
A deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) afirmou que a aposentadoria especial não vai afetar os cofres da Previdência, como disse o líder do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP). “Essa proposta não afetará o tecido previdenciário, são apenas 4 mil mulheres”, disse. Ela ressaltou que 18 estados já concederam tempo menor para aposentadoria de policiais femininas.
O líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR), lembrou que a Constituição já determina tratamento diferenciado às mulheres policiais.
Para Chinaglia, no entanto, o projeto vai abrir precedente para que outras categorias peçam o mesmo benefício e pode comprometer o caixa da Previdência Social. “Defendemos uma Previdência que se sustente de fato e que faça justiça social para todos. Não podemos fazer de um projeto de lei mais uma benesse e permitir a abertura de uma avenida que beneficia hoje, mas vai trazer prejuízos depois”, afirmou.
Apesar da orientação do governo, o líder do PT, deputado Vicentinho (SP), disse que o partido é favorável ao projeto.
Já o deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) disse que, caso a proposta venha a ser vetada pela Presidência da República, o partido vai trabalhar para que o Congresso derrube o veto e mantenha a aposentadoria diferenciada para mulher policial.

Texto: Danillo Ferreira - Abordagem Policial